A algum tempo comecei a trabalhar em subestações e me deparei com um programa que é bem popular aqui no Brasil chamado Elétron.
O Elétron é desenvolvido pela Cadgrah em Object ARX e .NET para AutoCAD que permite a criação de diagramas trifilares e funcionais, diagrama construtivo e diagrama de interligação em projetos de subestações de energia.
Em subestações de potência existe o conceito de um caderno funcional. Um Caderno é um único desenho que pode englobar diversos painéis que em conjunto controlam um conjunto de dispositivos com uma função específica. Esse conceito veio dos EUA na década de 60 quando os primeiros projetos que alavancaram o setor elétrico brasileiro começaram principalmente com a CHESF e as grandes obras de interligação de ITAIPU e da construção de Brasília.
Então, diferentemente dos projetos industriais de painéis onde cada desenho (caderno) corresponde a um painel fisicamente isolado e todos os cabos que seguem para outros painéis são referenciados a outros desenhos um caderno funcional de uma subestação envolve um pequeno número de de painéis e dispositivos de campo com seus painéis locais o que se traduz em um documento que pode possuir em suas folhas dois ou mais painéis ou dispositivos representados.
Em função dessa pluri representação de dispositivos cada empresa traçou a sua forma de representa-los ou mesmo identificar as referências internas e externas aos documentos criando padrões por empresas como os padrões Eletronorte, Chesf etc...
Dizendo desta forma parece confuso, porém visualmente é possível rapidamente analisar os desenhos e a compreender o funcionamento global dos processos de controle e proteção.
É um conceito bem diferente que naturalmente para as ferramentas mais usuais como E3.Series, EPLAN, DevSIM se tornam limitados podendo atender mediante a uma série de “manobras”.
No início, na década de 60 e 70, estes documentos eram elaborados a mão no papel vegetal como todos os desenhos da época. A maior preocupação era sempre em manter o melhor entendimento do processo. Conceitos como painéis irmão e redundantes entre si foram criados e fazia todo o sentido fazer dessa forma.
Com a evolução da tecnologia, e claro o pioneirismo da Autodesk com o AutoCAD, muitos desses desenhos foram digitalizados para o AutoCAD criando diversas folhas de documentos em model space formado apenas por linhas e objetos básicos.
As equipes das empresas do sistema elétrico brasileiro se adaptaram a trabalhar com documentos separados folha a folha e construídos apenas por linhas e círculos.
Quando surgiram as soluções comercias para essas aplicações de painéis elétricos, muitos, versões simplificadas de programas de roteamento de placas de circuito impresso como o Orcad, Proteus, Eagle, etc... não conseguiam atender a essa demanda e tudo foi culminando em um nicho de mercado especifico que trata de cadernos funcionais para múltiplos painéis envolvendo cabos internos e externos.
Realmente uma ideia bem interessante que pode ser utilizada para diversas aplicações.
Claro que esse não é o recurso principal do programa. O Elétron antes de tudo possuí um banco de dados em access capaz de associar um desenho construtivo bidimensional de um dispositivo (como um disjuntor, fusível, relé auxiliar, etc..) a um desenho representativo elétrico bem como suas conexões elétricas com propriedades como cor e bitola de fios e interligações com agrupamentos de fios e cabos e definição de rotas elétricas. Tudo isso pode ser exportado em planilhas Excel com muita facilidade.
No site da CadGraph é possível ver um vídeo de como o programa funciona.
Uma solução bem profissional e completa. O próprio site da cadgraph fala muito pouco sobre os recursos e as capacidades associadas ao programa, acho que acabam pecando nesse ponto porque o software é muito bom e atinge um mercado ímpar.
A cadgraph, além do Eletrón, ainda possuí dois programas o DiagLog para criação de diagramas lógicos associados ao cadernos funcionais e o ArqNet para criação de diagramas detalhados de arquitetura de redes.
Ainda não tive oportunidade de utilizar o programa ArqNet porém o DiagLog é outro programa com bons recursos para elaboração de cadernos lógicos. Naturalmente a lógica não é “compilada” diretamente para um dispositivo de controle, mas mesmo assim é digno de atenção porque permite que possamos fazer bons diagramas representativos.
Gostaria de deixar aqui este relato sobre o programa e os meus parabéns a equipe da cadgraph por esse programa. Fico muito feliz por ver aplicações comerciais utilizando ObjectARX e .NET baseadas em AutoCAD.
O Elétron é desenvolvido pela Cadgrah em Object ARX e .NET para AutoCAD que permite a criação de diagramas trifilares e funcionais, diagrama construtivo e diagrama de interligação em projetos de subestações de energia.
Em subestações de potência existe o conceito de um caderno funcional. Um Caderno é um único desenho que pode englobar diversos painéis que em conjunto controlam um conjunto de dispositivos com uma função específica. Esse conceito veio dos EUA na década de 60 quando os primeiros projetos que alavancaram o setor elétrico brasileiro começaram principalmente com a CHESF e as grandes obras de interligação de ITAIPU e da construção de Brasília.
Então, diferentemente dos projetos industriais de painéis onde cada desenho (caderno) corresponde a um painel fisicamente isolado e todos os cabos que seguem para outros painéis são referenciados a outros desenhos um caderno funcional de uma subestação envolve um pequeno número de de painéis e dispositivos de campo com seus painéis locais o que se traduz em um documento que pode possuir em suas folhas dois ou mais painéis ou dispositivos representados.
Em função dessa pluri representação de dispositivos cada empresa traçou a sua forma de representa-los ou mesmo identificar as referências internas e externas aos documentos criando padrões por empresas como os padrões Eletronorte, Chesf etc...
Dizendo desta forma parece confuso, porém visualmente é possível rapidamente analisar os desenhos e a compreender o funcionamento global dos processos de controle e proteção.
É um conceito bem diferente que naturalmente para as ferramentas mais usuais como E3.Series, EPLAN, DevSIM se tornam limitados podendo atender mediante a uma série de “manobras”.
No início, na década de 60 e 70, estes documentos eram elaborados a mão no papel vegetal como todos os desenhos da época. A maior preocupação era sempre em manter o melhor entendimento do processo. Conceitos como painéis irmão e redundantes entre si foram criados e fazia todo o sentido fazer dessa forma.
Com a evolução da tecnologia, e claro o pioneirismo da Autodesk com o AutoCAD, muitos desses desenhos foram digitalizados para o AutoCAD criando diversas folhas de documentos em model space formado apenas por linhas e objetos básicos.
As equipes das empresas do sistema elétrico brasileiro se adaptaram a trabalhar com documentos separados folha a folha e construídos apenas por linhas e círculos.
Quando surgiram as soluções comercias para essas aplicações de painéis elétricos, muitos, versões simplificadas de programas de roteamento de placas de circuito impresso como o Orcad, Proteus, Eagle, etc... não conseguiam atender a essa demanda e tudo foi culminando em um nicho de mercado especifico que trata de cadernos funcionais para múltiplos painéis envolvendo cabos internos e externos.
Mas como fazer o AutoCAD entender diversas páginas em um mesmo documento?
A grande solução da cadgraph foi associar as páginas a LAYERs específicos dessa forma cada folha é representada por um LAYER, com um recurso em palette todas as páginas ficam disponíveis para serem abertas. Quando se clica sob uma página identificada como por exemplo 0003. Apenas o LAYER 003 é apresentado e os outros LAYERS são apagados dando o efeito de “trocar de página” no model space.Realmente uma ideia bem interessante que pode ser utilizada para diversas aplicações.
Claro que esse não é o recurso principal do programa. O Elétron antes de tudo possuí um banco de dados em access capaz de associar um desenho construtivo bidimensional de um dispositivo (como um disjuntor, fusível, relé auxiliar, etc..) a um desenho representativo elétrico bem como suas conexões elétricas com propriedades como cor e bitola de fios e interligações com agrupamentos de fios e cabos e definição de rotas elétricas. Tudo isso pode ser exportado em planilhas Excel com muita facilidade.
Uma solução bem profissional e completa. O próprio site da cadgraph fala muito pouco sobre os recursos e as capacidades associadas ao programa, acho que acabam pecando nesse ponto porque o software é muito bom e atinge um mercado ímpar.
A cadgraph, além do Eletrón, ainda possuí dois programas o DiagLog para criação de diagramas lógicos associados ao cadernos funcionais e o ArqNet para criação de diagramas detalhados de arquitetura de redes.
Ainda não tive oportunidade de utilizar o programa ArqNet porém o DiagLog é outro programa com bons recursos para elaboração de cadernos lógicos. Naturalmente a lógica não é “compilada” diretamente para um dispositivo de controle, mas mesmo assim é digno de atenção porque permite que possamos fazer bons diagramas representativos.
Gostaria de deixar aqui este relato sobre o programa e os meus parabéns a equipe da cadgraph por esse programa. Fico muito feliz por ver aplicações comerciais utilizando ObjectARX e .NET baseadas em AutoCAD.
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